Broa de Milho!

E tudo mudou.
Antes de mais um bom Ano. Como se costuma dizer mais vale tarde do que nunca.
Agora é que reparei que não edito nada desde Agosto. Não tendo net em casa e no trabalho tornou-se complicado actualizar o meu blog. No inicio do ano ainda pensei em fazer um resumo do que me aconteceu em 2007, mas pensei que seria demasiado violento porque teria de me recordar de tudo o que se passou e não teria um pc disponivel durante horas para conseguir relatar.
Mas em segundos a minha vida mudou por completo e dai hoje ter conseguido um tempinho.
Vou apenas relatar o que me vem à cabeça:
Janeiro, Fevereiro e Março de 2007, ainda em recuperação da anestesia geral. Mas estes meses poderão dar um saltinho na página e relembrar.
Abril e Maio, se me recordo nesta altura tive uma tendinite na mão direita.
Junho, Julho, cai e torci o dedo grande do pé. Ainda hoje não consigo dobrar o meu dedinho.
Agosto e setembro, começou por ser calminho mas um dia ao acordar dei um jeito às costas.
Outubro a Janeiro de 2008, surgiram umas tonturas e vómitos que ainda me levaram às urgências do hospital onde diagnosticaram sindroma vertiginoso. Ainda fui a alguns especialistas não só por causa ds tonturas mas de rotina. Desde dentista, otorrino, oftomologista, ginecologista, enfim acho que fui as especialidades com terminação em «ista».
O ano de 2007 não foi mesmo nada positivo.
É claro que também tive os meus momentos bons, mas a partir do segundo trimestre começou a desmoronar desde a vida profissional, pessoal, sentimental.
Agora que entrámos no novo ano pensei "os meus 29 anos não foram nada benéficos, só peço que os 30 sejam".
Iniciei logo o ano com problemas no carro. Aliás no último dia do ano fiquei sem bateria e pus logo o meu compadre a ligar os cabos, sempre deu para ir comprar uma nova. Mas no dia 1, coitado do meu compadre que andou a empurrar o carro e ainda mudou a bateria. Ficou bom. Pensei eu.
Dois dias a seguir, no trajecto trabalho-casa, já de noite, fiquei sem luzes. Bastante aflita liguei ao meu compadre, mecânico, mãe, irmão. Lá fui com carro para oficina. Não tinha cá os meus pais, como iria safar para me deslocar para casa e trabalho? A sorte é que um amigo meu me emprestou um carro. Safou-me. 3 dias após andar com o carro fui a casa de um primo meu, já de noite e na altura de estacionar vi 2 lugares, nenhum a dizer proibido e arrumei. Ouvi um estrondo. Não queria acreditar, existiam 2 pinos no alcatrão à mesma cor. Eu não vi. Destrui a matricula. Nessa noite nem dormi, a pensar no que iria fazer e a chamar-me nomes. De manhã falei logo com um amigo meu a encomendar a matricula, substitui e acabei por subsituir a detrás também para ficarem ambas em acrilico. Devolvi o carro e contei o sucedido ao meu amigo, ficou zangado de eu ter comprado as matriculas, até porque já tinha vendido o carro e não era preciso ter esse trabalho. No meu entender era.
Uns dias depois ao chegar ao meu carro deparei-me com a minha matricula empenada, mas não substitui. O meu tio deu umas marteladas.
Iniciei o ano com alguns planos para pôr em pratica. Um deles foi logo marcar as férias. Iria estar uma semana no carnaval. Ia mascarar-me novamente e curtir à grande como no ano passado. E gozar o meu aniversário. Os meus 30 anos.
Mas na segunda-feira passada pregaram novamente uma partida. De manhã sai de casa para o trabalho, antes de chegar ao carro escorreguei e cai no chão. Não consegui levantar-me. Uma senhora chamou uma ambulância, Lá fui eu até às urgências do hospital. Pensava eu que tinha torsido o pé quando o sr.doutor me dá a noticia que teria que ficar internada para operarem. Fracturei o ossinho por cima do calcanhar, colocaram 6 parafusos e vou estar durante algum (muito) tempo em recuperação em casa dos meus pais, pendente deles para fazer tudo. Só passou um semana e já estou deprimida. O facto de estar, sempre em casa, no sofá, sem nada para fazer. Pensar que não vou gozar o carnaval, não vou gozar os meus 30 anos e eu queria tanto uma festinha. Não posso sair com os meus amigos. Imensas coisas que poderia fazer e não posso. Mesmo estando farta do meu trabalho eu preciso do ordenado para pagar a minha casa. E estou certa de que quando voltar passado uns tempos estarei à procura. Eles podendo não suportar o meu custo melhor...
Realmente o enfermeiro disse-me que a recuperação de um pé mexe muito com a parte psicológica. Dou-lhe toda a razão. Por mais que os meus amigos, familia me visitem, liguem, enviem mensagens sabe sempre a pouco. Sinto-me inferiorizada.
A ver vamos.
Melhores dias virão.
Inté

posted by Broa de Milho @ 14:02